Não vamos bater essa meta

Esse número é muito alto.

Putz, nada mais cold plunge (imersão no gelo) do que começar uma reunião ou uma conversa com esse posicionamento:

  • Almir, não dá para chegar nesse número!

Ai normalmente minha pergunta é a seguinte:

Baseado em quais dados e evidências?

Então o bicho começa a pegar e começamos a desconstruir ou construir um entendimento conjunto se realmente não dá para chegar na meta.

O mais importante é entender o mercado, qual o tamanho dele, a dinâmica competitiva e nosso posicionamento como empresa.

Estava conversando com o dono da oficina mêcanica que me atende e ele meio desanimado que os negócios estavam ruins. Uma operação hoje 100% baseada na indicação de clientes.

E fiz a primeira pergunta mais básica:

  • Quantos carros temos em circulação em Curitiba? E uma simples pergunta no Google retornou a resposta:

    A frota curitibana é composta, principalmente, por automóveis. São 1.024.288 carros cadastrados na cidade, além de 153.962 motocicletas, 118.801 caminhonetes, 97.856 camionetas, 39.365 caminhões e 38.202 utilitários

E podemos seguir, quantas oficinas tem na cidade? quantas aqui no bairro? qual sua capacidade de atendimento carros/dia? quantas x por ano esses carros param para manutenção? ….

Com essas respostas começa a ficar mais palatável para decidirmos se ao trabalharmos com 80 carros por mês é uma boa meta ou não. Note que nem entramos nas questões financeiras para entender se a empresa para em pé ou não com 80 clientes por mês!

Na área comercial, eu vivi, eu vivo e vejo resultados espetaculares com números que as pessoas acham impossíveis de alcançar.

Muito baseado na crença de líderes comerciais agressivos que aos poucos vão dominando a Esteira de Receita que tanto falo e ensino na F.E.R.

E por mais clichê que pareça a frase sonhar grande custa o mesmo que sonhar pequeno, são metas desafiadoras e grandes que puxam a empresa fora das zonas de conforto.